Da dor ao prazer (Amor Sadomasoquista)
Sinta a dor
Alimente-se dela
Deixe-a dominar-te até
O limite do insuportável.
Sinta a dor
E se entregue a mim
Como se eu fosse o seu senhor.
Perca a noção das horas,
Dos dogmas e de pertencimento.
Sinta a dor
Flagele-se diante do espelho
Enquanto observo atentamente os teus gestos.
Brinque com o que
Os ditos decentes
Temem admitir.
Sinta o que advém da dor.
Entre em êxtase
Com esse prazer intenso,
Que a séculos é dito como sujo, torpe...
Saboreie-o como um bom vinho.
Deixe se corromper
Afinal, és simplesmente
O que queres ser.
Sinta a dor
E divida as nuances deste sentimento.
Exercite sua cumplicidade.
Estenda as mãos
A mim,
Mostre sua devoção.
Sinta as dores do amor
Não convencional,
Da paixão execrada pelos folhetins.
Do amor vivido
Nos porões existenciais.
Sinta a dor.
E que a marca do seu suplicio
Seja o teu troféu.
Se entregue,
Já que és assim
E nem imaginavas.
Sinta a dor...
Alimente-se dela
Deixe-a dominar-te até
O limite do insuportável.
Sinta a dor
E se entregue a mim
Como se eu fosse o seu senhor.
Perca a noção das horas,
Dos dogmas e de pertencimento.
Sinta a dor
Flagele-se diante do espelho
Enquanto observo atentamente os teus gestos.
Brinque com o que
Os ditos decentes
Temem admitir.
Sinta o que advém da dor.
Entre em êxtase
Com esse prazer intenso,
Que a séculos é dito como sujo, torpe...
Saboreie-o como um bom vinho.
Deixe se corromper
Afinal, és simplesmente
O que queres ser.
Sinta a dor
E divida as nuances deste sentimento.
Exercite sua cumplicidade.
Estenda as mãos
A mim,
Mostre sua devoção.
Sinta as dores do amor
Não convencional,
Da paixão execrada pelos folhetins.
Do amor vivido
Nos porões existenciais.
Sinta a dor.
E que a marca do seu suplicio
Seja o teu troféu.
Se entregue,
Já que és assim
E nem imaginavas.
Sinta a dor...
sadomasoquista
Não sei explicar o quanto me afoga o espírito esta fantasia
de somente olhar-te, mexer nos teus cabelos,
esfregar meu corpo de encontro ao teu,
machucando-te os poros que libertam minha insegurança.
Não sei explicar por que gosto tanto
de sentir a força do teu abraço
e aquela pecaminosa tentação
murmurando-me coisas delinquentes e sem lei.
Não sei explicar a excitação sofrida do teu olhar,
naquele instante em que o espelho reflete
teu corpo cavalgando o meu
à procura do orgasmo libertador.
Não sei explicar a alegria
de sentir teu líquido esfuziante
penetrando doído
na cratera apertada da minha vida.
Gosto de apagar o nascer maroto do sorriso
que extasia meu corpo nu
que rebola e embola tua alegria
em grito lancinante de prazer.
Gosto de imaginar sabor de sangue
no ponteio da língua
e todos os fios dos meus cabelos
enforcando-te o pescoço.
Gosto de provocar clandestinamente o sexo maldoso
que se avoluma frente às minhas mentiras
e ao terror de me perder...
Gosto de saciar minha sede maldosa de prazer,
no domínio do teu abraço...
Gosto de ouvir teu respirar ofegante
ao transpor o mais apertado do meu corpo...
Gosto de rebolar na tua imaginação,
torturando tua emoção
e prorrogando maldosamente
o arrojo do teu prazer.
Gosto de ver a imagem do teu corpo
galopando-me o corpo bronzeado e torneado
e de ouvir a tua voz ordenando
que me posicione ao teu deleite.
Gosto de ver a imagem dos teus braços
esticados em direção aos arreios
que se colocam nas tuas mãos,
a partir dos meus cabelos.
Gosto de sentir o olhar dominador
que se deixa dominar aos meus encantos...
Gosto de ti e do teu gosto.
Gosto de ti e da tentação implícita
no calor do teu olhar...
Gosto de perceber-te chegando por trás,
tal estranho que invade meu leito
e perfura com os dedos
esta parte arredondada do meu corpo
que se mostra atrevida
por debaixo da saia cigana.
Gosto desse ser que me abraça
e beija suavemente,
deslizando a língua e
apertando os dentes no meu corpo.
Gosto de ouvir tuas explicações
a respeito do amor e da paixão,
mesmo que não concorde com elas...
No paradoxo desta perdição,
busco sentir no interior do teu corpo
a efêmera paz de um momento que se faz eterno
e, ainda, ao mesmo tempo que te desejo
inocente amante nesse corpo gigante,
me gosto de sentir mulher ao fazer-te meu maior amante
nesse corpo menino...
de somente olhar-te, mexer nos teus cabelos,
esfregar meu corpo de encontro ao teu,
machucando-te os poros que libertam minha insegurança.
Não sei explicar por que gosto tanto
de sentir a força do teu abraço
e aquela pecaminosa tentação
murmurando-me coisas delinquentes e sem lei.
Não sei explicar a excitação sofrida do teu olhar,
naquele instante em que o espelho reflete
teu corpo cavalgando o meu
à procura do orgasmo libertador.
Não sei explicar a alegria
de sentir teu líquido esfuziante
penetrando doído
na cratera apertada da minha vida.
Gosto de apagar o nascer maroto do sorriso
que extasia meu corpo nu
que rebola e embola tua alegria
em grito lancinante de prazer.
Gosto de imaginar sabor de sangue
no ponteio da língua
e todos os fios dos meus cabelos
enforcando-te o pescoço.
Gosto de provocar clandestinamente o sexo maldoso
que se avoluma frente às minhas mentiras
e ao terror de me perder...
Gosto de saciar minha sede maldosa de prazer,
no domínio do teu abraço...
Gosto de ouvir teu respirar ofegante
ao transpor o mais apertado do meu corpo...
Gosto de rebolar na tua imaginação,
torturando tua emoção
e prorrogando maldosamente
o arrojo do teu prazer.
Gosto de ver a imagem do teu corpo
galopando-me o corpo bronzeado e torneado
e de ouvir a tua voz ordenando
que me posicione ao teu deleite.
Gosto de ver a imagem dos teus braços
esticados em direção aos arreios
que se colocam nas tuas mãos,
a partir dos meus cabelos.
Gosto de sentir o olhar dominador
que se deixa dominar aos meus encantos...
Gosto de ti e do teu gosto.
Gosto de ti e da tentação implícita
no calor do teu olhar...
Gosto de perceber-te chegando por trás,
tal estranho que invade meu leito
e perfura com os dedos
esta parte arredondada do meu corpo
que se mostra atrevida
por debaixo da saia cigana.
Gosto desse ser que me abraça
e beija suavemente,
deslizando a língua e
apertando os dentes no meu corpo.
Gosto de ouvir tuas explicações
a respeito do amor e da paixão,
mesmo que não concorde com elas...
No paradoxo desta perdição,
busco sentir no interior do teu corpo
a efêmera paz de um momento que se faz eterno
e, ainda, ao mesmo tempo que te desejo
inocente amante nesse corpo gigante,
me gosto de sentir mulher ao fazer-te meu maior amante
nesse corpo menino...
SOB O TEU DOMÍNIO
Noite...
das sombras
busco
teus sinais
ausentes
sei, porém,
que te
aproximas...
das sombras
busco
teus sinais
ausentes
sei, porém,
que te
aproximas...
Lua...
Nova
semi-oculta
me olha
me conhece
em minha fuga
inútil
de teu
faro...
Nova
semi-oculta
me olha
me conhece
em minha fuga
inútil
de teu
faro...
Areia...
num
instante
em meus
lábios
minha carne
treme
sob o teu
domínio...
num
instante
em meus
lábios
minha carne
treme
sob o teu
domínio...
Presa...
me entrego
em silencio
ao perfume
de teu amor
voraz
Loba
Rainha...
me entrego
em silencio
ao perfume
de teu amor
voraz
Loba
Rainha...
ENTREGAPAIXÃO E SUBMISSÃO
Qual o poder fulgurante que minh'alma invade
Reduzindo a pó meu equilíbrio e lucidez
Quando o penetrante brilho desses olhos de jade
Destrói orgulho e traz felicidade de uma só vez.
Reduzindo a pó meu equilíbrio e lucidez
Quando o penetrante brilho desses olhos de jade
Destrói orgulho e traz felicidade de uma só vez.
Minha mente queima, alucinada,
Enquanto minha pele se retrai sob teu açoite
Deixo fugir minha sanidade, em disparada,
E me refugio a teus pés, Soberana da Noite.
Enquanto minha pele se retrai sob teu açoite
Deixo fugir minha sanidade, em disparada,
E me refugio a teus pés, Soberana da Noite.
E enquanto da dor mais e mais se alimenta o desejo
Porquanto mais sentir é tanto mais querer
Já não diviso com certeza se é real tudo quanto vejo
Porquanto mais sentir é tanto mais querer
Já não diviso com certeza se é real tudo quanto vejo
Mas sem tamanha agonia, por ti, já não saberei viver.
Da fúria Servidão
SMman36
Que te seja o meu olhar
submisso e débil
sempre quieto a te suplicar
uma dádiva de carinho
ou uma pena a suportar.
Que te seja o meu corpo
todo teu, da forma como quiseres
em todo o tempo, e sem reservas;
dele faça teu prazer
e nele deposite tua ira, e teu querer.
Que te seja minha prisão,
em cordas, cadeias e correntes,
satisfação de teu desejo
de açoites, torturas e castigo
e te serei amor, fiel e constante
e te serei o gozo, e te serei amigo,
e te serei escravo, mordomo, amante.
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Gênese da loucura
Jaques T. Ibanez
...e fez-se o prazer!
na doçura dos seres
a beleza de almas
em corpos colados
uma estranha fusão.
...e então fez-se a dor!
dádiva do pecado,
a agonia das almas,
pesadelo do corpo
em fuga constante.
...e fez-se a prisão!
o dom da loucura
terror, agonia
do homem insano,
desvairada harmonia.
...e então fez-se a loucura!
de poucos, de alguns,
que têm na prisão
harmonia e prazer
e encontram na dor
o doce terror da paixão.
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Morte do sonho
Jaques T. Ibanez
Voa, meu sonho!
Encontra teu real, apalpa, sente;
desejos intensos, pousa teu chão.
Tua hora é hoje, teu destino a vida.
Voa alto, tão alto quanto teu sonho
e tão profundo quanto tua certeza!
Procura já teu rumo, tua catarse
pois se o perto pode estar tão perto,
não será o medo do incerto
que te fará agora abortar-se.
Encontra, meu sonho,
além das nuvens cartesianas,
ali ao sul da fronteira pantaneira
A Loba do leste, adorada insana,
a experimentar teu norte, real, inteira.
E nesse vôo de parto
será a alma o teu corpo;
será o coração a tua mente,
e por fim, teu desejo farto, morrerás,
e viverás definitivamente.
No pescoço a coleira
Símbolo da submissão
Nos pulsos algemas
A doce prisão.
Curvado beijo os pés
De quem é superior.
Sou um simples objeto,
Um ser inferior.
Em meu corpo recebo os castigos
Punição por erros ou apenas
Para satisfazer os caprichos
De quem é superior.
Rastejo-me, sou capacho,
Criado de casa, cachorro,
O que a Majestade quiser.
Sou apenas um escravo.
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Dor
Podólatr@
A alma livre deseja o cativeiro.
No corpo quero sentir o beijo do couro,
Que recebe o meu, quando me dobro,
Diante de sua altivez, submisso.
Amarro-me, amarre-me, ata-me.
Cordas, correntes, coleira.
O meu ser em escravo transforme.
Faça-me sofrer. Vem, tortura.
Na palavra sou castigado,
Impiedosamente humilhado.
Diante de ti eu rastejo.
Sinto do chicote o beijo,
No calor da cera sou queimado,
O prêmio: beber o néctar dourado.que em seus olhos cintila,
Já não quero nem ouso me ocultar
E da dor que teu chicote destila
A teus pés fico a me embriagar.
Já não quero nem ouso me ocultar
E da dor que teu chicote destila
A teus pés fico a me embriagar.
Senhora, por cujos olhos de cristal
Entrego meu ser, sem vacilar
Enquanto me humilhas, sorrindo triunfal
Sofro em êxtase, a te adorar.
Entrego meu ser, sem vacilar
Enquanto me humilhas, sorrindo triunfal
Sofro em êxtase, a te adorar.
Sadomasoquista
Quero o chicote da tua língua sobre meu ventre,
Quero o soco dos teus lábios no meu sexo quente,
Quero acordar com laivos da tua saliva e me lembrar,
Com dores, que ontem você esteve aqui presente.
O teu perfume me agride, me deixa dormente.
Quero o soco dos teus lábios no meu sexo quente,
Quero acordar com laivos da tua saliva e me lembrar,
Com dores, que ontem você esteve aqui presente.
O teu perfume me agride, me deixa dormente.