segunda-feira, 28 de outubro de 2013


Há espaço para a delicadeza na Dominação. Ela não é feita apenas de de mãos duras e toques doloridos. O Mestre pode afirmar-se delicadamente, os dedos contra meus lábios, dedos em minha boca, a mão prendendo o meu pulso. Trata-se de saber quando construir um crescendo para a festa, e quando bastar deslizá-los juntos, deixando-o construir e construir algo bem mais prazeroso. A orquestra tem a pontuação, e um ponto de exclamação deve ser utilizado com moderação.

É nos momentos delicados que me deixa realmente saber. Qualquer pessoa se submete quando há uma coleira no pescoço, um pau recheando profundamente entre as pernas e uma mão pesada contra seu corpo, apertando os pulsos ou em torno de seu pescoço. Você não tem escolha, naquele momento, porque alguém a tem por você. Alguém que não se importa se você voluntariamente se submete, porque tomou o controle, agarrou-a com num golpe militar, toda a pompa e poder e grandes armas.

Mas o Senhor, no entanto, Master Eslam, me apresenta a escolha, e eu me submeto voluntariamente. eu tenho a opção de me afastar, fechar os lábios e olhar pra baixo. eu posso mover a minha cabeça para trás e eu posso sacudir a cabeça. Posso afastar Sua mão. eu posso dizer "Não", mas ao invés disso eu Te aceito. Não. Não aceito. Entrego-me. eu aceno a bandeira branca e deixo o Senhor ganhar.

O Senhor me ocupa. sou Tua prisioneira e escrava, Teu território de prazer.


Dois meses se passaram, intensos, complicados, prazerosos, de um aprendizado que me mostrou que ser escrava à distância, sim, é possível.
Bastava pra isso encontrar o Dominador certo, que me conquistasse por sua postura, presença, caráter, sadismo e domínio em doses certas.
Hoje tenho certeza do que sou - uma escrava; do que estou - protegida; do que quero - pertencer; do que preciso - servir.
Vivo cada minuto do meu dia com o pensamento no meu Senhor, obedecendo suas instruções mais corriqueiras como rituais sagrados.
Ele fez com que eu abrisse minha alma, perdesse meus medos, transpusesse limites, me usando de tantas formas que me perco ao lembrar.
Embora distante, tenho-O perto, em contato direto, graças às maravilhas da tecnologia. Por isso, e por tudo, agradeço à Vida, e agradeço a Deus, por tê-lo trazido, por ter me aproximado Dele, por ter me aberto a mente e o coração.
Sou Sua escrava, puta, cadela e serva, e o digo com toda convicção e pureza d'alma.
Amo-O, Master Eslam, meu doce e amado Sedy Eslam.


Mestre e Senhor, espero o Teu beijo, anseio pelo toque da Tua mão, imagino o perfume da Tua pele, sonho com a Tua voz, e derreto a cada ordem Tua.
A escolha de Te pertencer me trouxe desafios impensados, jamais sequer imaginados, e vibro de antecipada alegria ao pensar no que virá.
Tua forma de ser, Teu jeito de me dominar, Tua personalidade e inteligência, Teu controle e cuidados, me fazem sentir segura e especial por merecer ser chamada de Tua escrava.
Passei a Te amar, e servir-Te, obedecer-Te, preservando-me para Teu uso, num prazer que não tem fim.  Cada dia aos teus pés, Mestre Eslam, beijando o chão por onde imaginariamente estás, é ato carregado do mais puro deleite, da mais profunda entrega, do mais absoluto respeito.
São rituais simples os que faço no dia a dia, mas cada um deles recheado da mais sincera submissão, e que hoje me trouxeram um sentido novo, o de ser verdadeiramente escrava.
Hoje se completa um mês que o Senhor me definiu como Tua, que me aceitou como Tua, que me conquistou no que sou, tenho e sinto, que tomou posse de mim. Longe no mundo, e tão perto ao mesmo tempo, me curvo em respeitosa reverência e agradeço, mais uma vez: Obrigada, Mestre Eslam.



Quando meu Mestre me ordena: bate em tua cara, cadela!, imediatamente me estapeio, estalando o tapa, entortando o rosto, ardendo na cara. 
Quando me ordena: pega o plug, puta, e enfia no teu cú!, automaticamente obedeço e o enfio, recitando o mantra que Ele me ensinou, sim, sou uma serva a Teus pés, meu Mestre. 
Depois me ordena: pega o cinto e bate em teu rabo, vadia! e eu assim procedo, repetidas vezes, agradecendo a cada golpe, gemendo ofegante. 
Então me ordena: pega os pregadores, um em cada mamilo e outro no grelo, e mostra tua cara, vagabunda, quero ver a expressão! Dócil, imediatamente vou prendendo minhas carnes, beliscando as saliências, em gemidos de dor e prazer. 
Insaciável, me ordena que abra as pernas e balance o rabo, o peso no pregador dança, oscilando por entre minhas pernas, e quase gozo em agonias. 
De minha boca saem mais agradecimentos, mas Ele manda: enfia os dedos na buceta, porca suja, e depois chupe! Extenuada, anestesiada, excitada até a alma, lambo os dedos cobertos com meu suco, a língua ávida por aquilo que realmente a sacia, o leite do meu Senhor. 
O Mestre não me deixa gozar por muitos dias, nem me incentiva a isso, mas um dia me exige isso. Não uma, nem duas, mas 20... E eu, escrava solícita, disponível, entregue, atendo a cada ordem para que o gozo se faça, ganindo, gemendo, chamando Seu nome em imersa sinfonia. 
Prêmio? Castigo? Não importa... A mim só cabe obedecer.

Um novo amanhecer, um novo horizonte se abre e ela se anima. Saindo de seu casulo onde se recolheu para curar suas feridas em retiro deliberado, ela agora se curva à possibilidade da Entrega, pois um Mestre a encontrou e a fez Dele.

Aos poucos seu caminho vai sendo traçado sob golpes de carícias, de carinhos e cuidados, de uso e açoites,  e ela se deixa levar para aonde manda seu coração submisso.

Quando menina sonhava com terras distantes, com desertos ensolarados, onde seria adquirida como escrava branca por um Senhor . Seria raptada, amarrada e amordaçada, e submetida por Ele a sevícias e torturas que acabariam por cativar sua alma submissa e a fariam prisioneira voluntária.

Ela viveu uma vida longa de procuras, de experiências, algumas boas outras nem tanto, que fortaleceram nela o que tem de mais puro: seu profundo sentimento do Servir, do Pertencimento, da Obediência Àquele que a guia, protege e usa. 

A vida lhe trouxe o Mestre.. de lá.. do longínquo deserto, das areias escaldantes e cheias de mistério, para apossar-se dela e fazer dela Sua refém.

Ela, que pensou ser impossível dedicar-se assim, entregar-se assim a quem de tão longe é, nunca se sentiu tão próxima, tão realmente possuída como agora. De submissa tornou-se escrava, aprimorando seu sentido de absoluta docilidade e obediência, de profundo respeito e fidelidade, de inesgotável prazer por se sentir objeto do prazer causado.

Uma escrava nasceu e beija agradecida o chão, uma serva aos pés de Mestre Eslam.


Aonde está, meu Senhor? Por que não vem e me possui de uma vez, me tirando desse limbo sem cor, cheiro, som, sem amor? Procuro pela mata escura, pelas planícies, vales, praias, procuro pelos castelos, pelas brumas silenciosas, e nada, Ele não está lá. Olho por onde ando, pelas ruas e calçadas, pelas praças, entro em salas, perfis, poesias vazias e outras nem tanto, mas lá também Ele não está. Sua sombra, no entanto, está em mim. Sinto Sua presença, Sua força e Domínio. Sonho com Suas mãos, escuto Sua voz no vento e no escuro da minha solidão. Acordo no meio da noite, e sei que Ele está à minha procura. Vagueio, entontecida por Sua proximidade em outra dimensão, intangível, intocável, inalcançável. Depois, adormeço novamente para de novo sonhar. Seu rosto eu não sei, mas, Ele está lá



Às vezes ela fica triste, perdida e solitária. Às vezes se sente abandonada e torna-se presa dos demônios em sua cabeça. Às vezes ela se embrulha de dúvidas e medos, e deixa de ter sentido para si mesma, perdendo o sentido de seus objetivos. Às vezes ela precisa de alguém para lembrá-la de quem ela realmente é, o que é realmente importante para ela, e do que é capaz de  sentir. Alguém para cortar toda a porcaria que teima em invadir sua  mente, calar os demônios e destruir as fantasias negativas e destruidoras. Alguém que sabe como despi-la, deixá-la nua, completamente nua, e revelar o que ela tem no coração: que ela  é simples, pura e perfeita em sua submissão. 
Alguém que irá lhe mostrar que sua mente pode estar cheia de pensamentos estúpidos, mas que não pertencem  a ela. Que suas emoções podem estar cheias de tristeza e dor, mas não são suas essas emoções. Que o que ela  realmente é, é uma energia irresistível, bela, criativa e merecedora de infinito amor e aceitação por parte do DONO que a fará ser o que ela é: apenas uma mulher submissa... 

A solidão da escrava incomoda, dói fundo, tanto pela falta de ser possuída quanto pela saudade de um tempo perdido.
Ela se esconde, se cala, chora sozinha pelos cantos, retraída em abandono, sem conseguir vislumbrar um tempo de novo desabrochar.
Angustiada, a escrava se isola, dorme sonos longos, sonha sonhos confusos, geme os gemidos de cadela sem Dono, se arrastando pelo chão em total desânimo.
As marcas da coleira ainda estão ali, em seu pescoço, em sua alma, em seu pensamento... Ela tem se esforçado, tem se lavado, esfregado com força, como se assim conseguisse tirá-las.
Passado esse tempo e distância, ela se anestesia com promessas fugazes, com efêmeras ilusões, com alegrias momentâneas de um novo pertencimento.
Mas o tempo é sombrio, longo, e ela gane, coração em desalinho, encolhida no chão...

Uma escrava tem o desejo de servir, obedecer e agradar ao seu Senhor e ela sabe que para isso precisa aprender a se comportar como Ele deseja. Sabe que é  propriedade - corpo, mente e espírito -, Daquele que a domina e possui.
O Mestre tem um plano de treinamento bem desenvolvido para sua escrava e sabe qual comportamento esperar dela. Uma escrava não deve ter medo de perguntar ao seu Mestre quais são seus objetivos em relação a ela pois ela quer aprender a servir, obedecer e agradar ao seu Mestre da melhor forma.
Possuir o corpo de uma escrava é um conceito importante. Isto significa que um Mestre possui dela seu espaço, tempo, ações físicas, privacidade e controla as relações da escrava com os outros e com o mundo.
Uma escrava espera receber treinamento e disciplina intensos nesse processo. Seu dever é o de se concentrar em aprender o comportamento e os desejos de seu Mestre e para isso terá disciplina, treinamento, regras, protocolos e talvez um contrato.
Seu Mestre não vai aceitar nada menos do que o comportamento adequado, e oferecerá tanto incentivo quando ela for bem sucedida quanto punição, se ela falhar, podendo ser corporal ou não. As regras, protocolos e outros documentos de treinamento fornecidos por seu Mestre devem ser estudados em detalhe e se a escrava não entende um dos pontos, mais uma vez deve perguntar ao Mestre.
No entanto, a formação do comportamento por si só não faz uma escrava completa. Para isso, ela deve ver-secomo uma escrava e estar em paz em sua escravidão. Em suma, seu comportamento, as emoções, auto-imagem e os pensamentos são todos partes do treinamento.
Uma escrava deve estar disposta a abrir seus pensamentos e sentimentos ao seu Mestre. É outra questão fundamental em seu desenvolvimento. A abertura é uma habilidade aprendida que nasce de um sentimento de pertencimento e se baseia numa sensação de desamparo.
Uma escrava é impotente para mudar seu comportamento sozinha,  para isso que seu Mestre o controla. Ela não tem outra escolha a não ser a de obedecer. Uma escrava deve atingir um estado de espírito onde ela concede todas as suas escolhas ao seu Mestre. Se um Mestre possui suas escolhas, a escrava se vê incapaz de decidir por si mesma, e de se comportar diferente da maneira que seja agradável ao seu Mestre. É sua escolha obedecer e ser como seu Mestre deseja que ela seja o tempo todo.
É sua escolha pertencer, obedecer, ser guiada, controlada e usada dos jeitos que seu Mestre desejar. Essa é a única escolha da escrava.



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