segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Da dor ao prazer (Amor Sadomasoquista)

Sinta a dor
Alimente-se dela
Deixe-a dominar-te até
O limite do insuportável.

Sinta a dor
E se entregue a mim
Como se eu fosse o seu senhor.
Perca a noção das horas,
Dos dogmas e de pertencimento.

Sinta a dor
Flagele-se diante do espelho
Enquanto observo atentamente os teus gestos.
Brinque com o que
Os ditos decentes
Temem admitir.

Sinta o que advém da dor.
Entre em êxtase
Com esse prazer intenso,
Que a séculos é dito como sujo, torpe...
Saboreie-o como um bom vinho.
Deixe se corromper
Afinal, és simplesmente
O que queres ser.

Sinta a dor
E divida as nuances deste sentimento.
Exercite sua cumplicidade.
Estenda as mãos
A mim,
Mostre sua devoção.

Sinta as dores do amor
Não convencional,
Da paixão execrada pelos folhetins.
Do amor vivido
Nos porões existenciais.

Sinta a dor.
E que a marca do seu suplicio
Seja o teu troféu.
Se entregue,
Já que és assim
E nem imaginavas.

Sinta a dor...


sadomasoquista

Não sei explicar o quanto me afoga o espírito esta fantasia
de somente olhar-te, mexer nos teus cabelos,
esfregar meu corpo de encontro ao teu,
machucando-te os poros que libertam minha insegurança.
Não sei explicar por que gosto tanto
de sentir a força do teu abraço
e aquela pecaminosa tentação
murmurando-me coisas delinquentes e sem lei.
Não sei explicar a excitação sofrida do teu olhar,
naquele instante em que o espelho reflete
teu corpo cavalgando o meu
à procura do orgasmo libertador.
Não sei explicar a alegria
de sentir teu líquido esfuziante
penetrando doído
na cratera apertada da minha vida.

Gosto de apagar o nascer maroto do sorriso
que extasia meu corpo nu
que rebola e embola tua alegria
em grito lancinante de prazer.
Gosto de imaginar sabor de sangue
no ponteio da língua
e todos os fios dos meus cabelos
enforcando-te o pescoço.
Gosto de provocar clandestinamente o sexo maldoso
que se avoluma frente às minhas mentiras
e ao terror de me perder...
Gosto de saciar minha sede maldosa de prazer,
no domínio do teu abraço...
Gosto de ouvir teu respirar ofegante
ao transpor o mais apertado do meu corpo...
Gosto de rebolar na tua imaginação,
torturando tua emoção
e prorrogando maldosamente
o arrojo do teu prazer.
Gosto de ver a imagem do teu corpo
galopando-me o corpo bronzeado e torneado
e de ouvir a tua voz ordenando
que me posicione ao teu deleite.
Gosto de ver a imagem dos teus braços
esticados em direção aos arreios
que se colocam nas tuas mãos,
a partir dos meus cabelos.
Gosto de sentir o olhar dominador
que se deixa dominar aos meus encantos...
Gosto de ti e do teu gosto.
Gosto de ti e da tentação implícita
no calor do teu olhar...
Gosto de perceber-te chegando por trás,
tal estranho que invade meu leito
e perfura com os dedos
esta parte arredondada do meu corpo
que se mostra atrevida
por debaixo da saia cigana.
Gosto desse ser que me abraça
e beija suavemente,
deslizando a língua e
apertando os dentes no meu corpo.
Gosto de ouvir tuas explicações
a respeito do amor e da paixão,
mesmo que não concorde com elas...

No paradoxo desta perdição,
busco sentir no interior do teu corpo
a efêmera paz de um momento que se faz eterno
e, ainda, ao mesmo tempo que te desejo
inocente amante nesse corpo gigante,
me gosto de sentir mulher ao fazer-te meu maior amante
nesse corpo menino...

SOB O TEU DOMÍNIO
 
 Noite...
das sombras
busco
teus sinais
ausentes
sei, porém, 
que te 
aproximas...
Lua... 
Nova
semi-oculta
me olha
me conhece
em minha fuga
inútil
de teu
faro...
Areia...
num 
instante
em meus
lábios
minha carne
treme
sob o teu
domínio...
Presa...
me entrego
em silencio
ao perfume
de teu amor
voraz
Loba
Rainha... 



ENTREGAPAIXÃO E SUBMISSÃO
 Qual o poder fulgurante que minh'alma invade
 Reduzindo a pó meu equilíbrio e lucidez
 Quando o penetrante brilho desses olhos de jade
 Destrói orgulho e traz felicidade de uma só vez.
 Minha mente queima, alucinada,
 Enquanto minha pele se retrai sob teu açoite
 Deixo fugir minha sanidade, em disparada,
 E me refugio a teus pés, Soberana da Noite.
 E enquanto da dor mais e mais se alimenta o desejo
 Porquanto mais sentir é tanto mais querer
 Já não diviso com certeza se é real tudo quanto vejo 
 Mas sem tamanha agonia, por ti, já não saberei viver.


 Da fúria Servidão 
SMman36

Que te seja o meu olhar 
submisso e débil 
sempre quieto a te suplicar 
uma dádiva de carinho 
ou uma pena a suportar.

Que te seja o meu corpo 
todo teu, da forma como quiseres 
em todo o tempo, e sem reservas; 
dele faça teu prazer 
e nele deposite tua ira, e teu querer.

Que te seja minha prisão, 
em cordas, cadeias e correntes, 
satisfação de teu desejo 
de açoites, torturas e castigo 
e te serei amor, fiel e constante 
e te serei o gozo, e te serei amigo, 
e te serei escravo, mordomo, amante.



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Gênese da loucura 
Jaques T. Ibanez

...e fez-se o prazer! 
na doçura dos seres 
a beleza de almas 
em corpos colados 
uma estranha fusão.

...e então fez-se a dor! 
dádiva do pecado, 
a agonia das almas, 
pesadelo do corpo 
em fuga constante.

...e fez-se a prisão! 
o dom da loucura 
terror, agonia 
do homem insano, 
desvairada harmonia.

...e então fez-se a loucura! 
de poucos, de alguns, 
que têm na prisão 
harmonia e prazer 
e encontram na dor 
o doce terror da paixão.



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Morte do sonho 
Jaques T. Ibanez

Voa, meu sonho! 
Encontra teu real, apalpa, sente; 
desejos intensos, pousa teu chão. 
Tua hora é hoje, teu destino a vida. 
Voa alto, tão alto quanto teu sonho 
e tão profundo quanto tua certeza! 
Procura já teu rumo, tua catarse 
pois se o perto pode estar tão perto, 
não será o medo do incerto 
que te fará agora abortar-se.

Encontra, meu sonho, 
além das nuvens cartesianas, 
ali ao sul da fronteira pantaneira 
A Loba do leste, adorada insana, 
a experimentar teu norte, real, inteira. 
E nesse vôo de parto 
será a alma o teu corpo; 
será o coração a tua mente, 
e por fim, teu desejo farto, morrerás, 
e viverás definitivamente.



No pescoço a coleira 
Símbolo da submissão 
Nos pulsos algemas 
A doce prisão.

Curvado beijo os pés 
De quem é superior. 
Sou um simples objeto, 
Um ser inferior.

Em meu corpo recebo os castigos 
Punição por erros ou apenas 
Para satisfazer os caprichos 
De quem é superior.

Rastejo-me, sou capacho, 
Criado de casa, cachorro, 
O que a Majestade quiser. 
Sou apenas um escravo.



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Dor 
Podólatr@

A alma livre deseja o cativeiro. 
No corpo quero sentir o beijo do couro, 
Que recebe o meu, quando me dobro, 
Diante de sua altivez, submisso.

Amarro-me, amarre-me, ata-me. 
Cordas, correntes, coleira. 
O meu ser em escravo transforme. 
Faça-me sofrer. Vem, tortura.

Na palavra sou castigado, 
Impiedosamente humilhado. 
Diante de ti eu rastejo.

Sinto do chicote o beijo, 
No calor da cera sou queimado, 
O prêmio: beber o néctar dourado.que em seus olhos cintila,
      Já não quero nem ouso me ocultar
  E da dor que teu chicote destila
 A teus pés fico a me embriagar.
  Senhora, por cujos olhos de cristal
Entrego meu ser, sem vacilar
       Enquanto me humilhas, sorrindo triunfal
Sofro em êxtase, a te adorar. 

Sadomasoquista

Quero o chicote da tua língua sobre meu ventre,
Quero o soco dos teus lábios no meu sexo quente,
Quero acordar com laivos da tua saliva e me lembrar,
Com dores, que ontem você esteve aqui presente.
O teu perfume me agride, me deixa dormente.


Grateful3D Femdom
Beautiful Women
BDSM

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